quarta-feira, 25 de julho de 2012

O CASO DO RICO


Tema da semana
Parábola do mau rico”
de 30/07/2012 a 05/08/2012

Irmão X

Conta-se que o Rico da Parábola, após desiludir-se quanto aos propósitos de voltar à Terra, a fim de anunciar a verdade aos parentes, atormentado de sede desceu às regiões mais baixas do purgatório, forradas de fogo devorador.

De algum modo, resignara-se com os tormentos que lhe assediavam o coração, porque fizera por merecê-los, bem o reconhecia. Despojara viúvas paupérrimas, perseguira órfãos desprotegidos e provocara a falência de homens honestos; faltara a princípios comezinhos de caridade, praticara a usura e subornara consciências frágeis. Sempre decidido a valer-se do fascínio do ouro, aproveitara muita gente invigilante e inclinada ao mal, a serviço da ambição que lhe era própria. Receando o futuro, amealhara consideráveis haveres para os filhos; rodeara-os de vantagens e facilidades econômicas, à custa do angustiado suor dos humildes, por ele convertidos em escravos sofredores. Em suma, fora cruel e fazia jus à punição. Entretanto, não se conformava com a impossibilidade de avistar-se com a família. Porque não voltar à Terra para renovar a concepção da mulher e dos filhos? A companheira sempre fora fiel às suas recomendações. Se pudesse falar-lhe, corrigiria tudo a tempo. Todavia, Pai Abraão não lhe proporcionara qualquer esperança.

Refletia, amargurado, consigo mesmo, quando surgiu alguém no seio das sombras. A princípio, não reconhecera o recém-chegado, mas, depois de um abraço, o visitante exclamou:

Não se lembra?

Retribuiu emocionadamente. Recordava-se, agora. Aquele era Benjamim, filho de Habacuc, que o precedera no túmulo. Espantava-o a surpresa do reencontro. Benjamim, tanto quanto ele próprio, fora usurário, de coração frio e duro. O manto roto denunciava-lhe a penosa situação e a cinza que lhe cobria as mãos, o rosto e os cabelos davam a ideia de que o mísero emergia do bojo de uma cratera.

Terminadas as saudações da hora, o Rico humilhado expôs-lhe o caso pessoal. Conformava-se com o purgatório tenebroso, no reconhecimento de suas culpas, contudo desesperava-se pela impossibilidade de voltar a casa, para relacionar a verdade dos fato.

O outro, porém, após ouvi-lo pacientemente, assegurou:

Não vale a pena inquietar-se. Voltei e nada consegui.

Voltou? – inquiriu o novo condenado, deixando transparecer, na voz, um raio de esperança.

Sim.

E chegou a visitar sua casa, sua mulher, seus filhos, seus servos, suas propriedades, suas terras, seus jumentos, seus camelos, seus bois?

Sim.

Visitou o templo?

Visitei.

Tornou a cruzar nossos campos?

Tornei.

O Rico chegou a olvidar as aflições do momento e, contemplando o interlocutor, admirado, prosseguiu:

E os familiares? Reconheceram-no?

O interpelado entrou em silêncio. Algumas lágrimas umedeceram-lhe os olhos sombrios.

Instado pelo amigo, informou, com desapontamento:

Visitei a família, detive-me nas propriedades que julguei me pertencessem, rendi homenagem aos tesouros de nossa raça, mas ninguém me reconheceu. Decorridos alguns dias sobre a morte do meu corpo, desarmonizaram-se meus filhos por questões da herança que lhes deixei. Rúben amputou o braço de Eliazar numa cena de sangue, Esaú amaldiçoou os irmãos e entregou-se ao vinho pela ausência do trabalho e Simeão enlouqueceu no vício. Minha esposa, não obstante a idade, apaixonou-se por um rico mercador de tapetes que se assenhoreou do nosso dinheiro e das preciosidades domésticas que me eram mais caras, conduzindo-a para Eades. Minhas terras de Gaza foram vendidas a qualquer preço a libertos romanos, meus camelos foram entregues, a troco de reduzidas moedas, a velhacos negociantes do deserto, meus bois foram mortos, meus jumentos dispersos. Alguns de meus servos fugiram espancados, enquanto outros foram vendidos para Chipre. Minhas propriedades rurais mergulharam no mato, caindo no abandono e entregues a criadores de cavalos e porcos.

Mostrou o Rico uma careta de angústia e perguntou:

Mas a mulher e os filhos não o reconheceram,

Visitei-os à noite, para conversarmos a sós, no entanto expulsaram-me em desespero, insistindo para que eu descesse para sempre aos infernos. Em vão procurei fazer insinuar-me entre eles. Não acreditaram na minha presença e fizeram-se surdos às minhas palavras.

Desencantado, o Rico perguntou:

Não fez reclamações aqui? não rogou o socorro de Pai Abraão?

Voltou-se o companheiro, explicando gravemente:

Pedi o amparo dos mensageiros de Jeová, entretanto, em nome d’Ele, nosso Eterno Senhor, esclareceram-me que a obra era minha, que nunca fui verdadeiramente esposo de minha mulher e pai de meus filhos nem amigo dos cooperadores e dos animais que me serviam diariamente. Jamais auxiliara os meus na aquisição dos valores positivos do espírito imortal e nem criara nas propriedades de que fui mordomo infiel o ambiente de amor e harmonia, calma e confiança que Jeová, em vão, esperou de mim. Apegara-me simplesmente à usura, ao egoísmo, à admiração e culto de mim mesmo, dilatando a vaidade de minha dominação indébita.

E concluiu, com tristeza :

Por isso, mereci a ironia da sorte e a incompreensão dos meus.

O Rico ouviu, meditou, consultou as próprias reminiscências e, erguendo os braços para o alto, exclamou:

Glória a Pai Abraão que não permitiu meu regresso à Terra e me deu a sede angustiosa e o fogo consumidor para que sarem as feridas de minha alma!

E, resignado, deitou-se na cinza quente do purgatório, esperando o futuro.

Livro “Lázaro Redivivo”. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

Codificador


Tema da semana
Parábola do mau rico”
de 30/07/2012 a 05/08/2012

Parábola do mau rico
Allan kardec

5. Havia um homem rico, que vestia púrpura e linho e se tratava magnificamente todos os dias. - Havia também um pobre, chamado Lázaro, deitado à sua porta, todo coberto de úlceras, - que muito estimaria poder mitigar a fome com as migalhas que caíam da mesa do rico; mas ,ninguém lhas dava e os cães lhe viam lamber as chagas.

- Ora, aconteceu que esse pobre morreu e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão. O rico também morreu e teve por sepulcro o inferno. - Quando se achava nos tormentos, levantou os olhos e via de longe Abraão e Lázaro em seu seio - e, exclamando, disse estas palavras: Pai Abraão, tem piedade de mim e manda-me Lázaro, a fim de que molhe a ponta do dedo na água para me refrescar a língua, pois sofro horrível tormento nestas chamas.

Mas Abraão lhe respondeu: Meu filho, lembra-te de que recebeste em vida teus bens e de que Lázaro só teve males; por isso, ele agora está na consolação e tu nos tormentos.

Ao demais, existe para sempre um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que queiram passar daqui para aí não o podem, como também ninguém pode passar do lugar onde estás para aqui.

Disse o rico: Eu então te suplico, pai Abraão, que o mandes à casa de meu pai, - onde tenho cinco irmãos, a dar-lhes testemunho destas coisas, a fim de que não venham também eles para este lugar de tormento. - Abraão lhe retrucou: Eles têm Moisés e os profetas; que os escutem. - Não, meu pai Abraão, disse o rico: se algum dos mortos for ter com eles, farão penitência. - Respondeu-lhe Abraão: Se eles não ouvem a Moisés, nem aos profetas, também não acreditarão, ainda mesmo que algum dos mortos ressuscite. (S. LUCAS, cap. XVI, vv. 19 a 31.)


Presença do Codificador


Tema da semana
Parábola do mau rico”
de 30/07/2012 a 05/08/2012

Parábola do mau rico
Allan kardec

5. Havia um homem rico, que vestia púrpura e linho e se tratava magnificamente todos os dias. - Havia também um pobre, chamado Lázaro, deitado à sua porta, todo coberto de úlceras, - que muito estimaria poder mitigar a fome com as migalhas que caíam da mesa do rico; mas ,ninguém lhas dava e os cães lhe viam lamber as chagas.

- Ora, aconteceu que esse pobre morreu e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão. O rico também morreu e teve por sepulcro o inferno. - Quando se achava nos tormentos, levantou os olhos e via de longe Abraão e Lázaro em seu seio - e, exclamando, disse estas palavras: Pai Abraão, tem piedade de mim e manda-me Lázaro, a fim de que molhe a ponta do dedo na água para me refrescar a língua, pois sofro horrível tormento nestas chamas.

Mas Abraão lhe respondeu: Meu filho, lembra-te de que recebeste em vida teus bens e de que Lázaro só teve males; por isso, ele agora está na consolação e tu nos tormentos.

Ao demais, existe para sempre um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que queiram passar daqui para aí não o podem, como também ninguém pode passar do lugar onde estás para aqui.

Disse o rico: Eu então te suplico, pai Abraão, que o mandes à casa de meu pai, - onde tenho cinco irmãos, a dar-lhes testemunho destas coisas, a fim de que não venham também eles para este lugar de tormento. - Abraão lhe retrucou: Eles têm Moisés e os profetas; que os escutem. - Não, meu pai Abraão, disse o rico: se algum dos mortos for ter com eles, farão penitência. - Respondeu-lhe Abraão: Se eles não ouvem a Moisés, nem aos profetas, também não acreditarão, ainda mesmo que algum dos mortos ressuscite. (S. LUCAS, cap. XVI, vv. 19 a 31.)


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quinta-feira, 19 de julho de 2012

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terça-feira, 17 de julho de 2012

LEVANTAI OS OLHOS

Emmanuel

"Eis que eu vos digo: Levantai os vossos olhos e vede as terras, que já estão brancas para a ceifa."
- Jesus. (JOÃO, 4:35.)

O mundo está cheio de trabalhos ligados ao estômago.
 A existência terrestre permanece transbordando emoções relativas ao sexo.
 Ninguém contesta o fundamento sagrado de ambos, entretanto, não podemos estacionar numa ou noutra expressão.
 Há que levantar os olhos e devassar zonas mais altas.
 É preciso cogitar da colheita de valores novos, atendendo ao nosso próprio celeiro.
 Não se resume a vida a fenômenos de nutrição, nem simplesmente à continuidade da espécie.
 Laborioso serviço de iluminação espiritual requisita o homem.
 Valiosos conhecimentos reclamam-no a esferas superiores.
 Verdades eternas proclamam que a felicidade não é um mito, que a vida não constitui apenas o curto período de manifestações carnais na Terra, que a paz é tesouro dos filhos de Deus, que a grandeza divina é a maravilhosa destinação das criaturas; no entanto, para receber tão altos dons é indispensável erguer os olhos, elevar o entendimento e santificar os raciocínios.
 É imprescindível alçar a lâmpada sublime da fé, acima das sombras.
 Irmão muito amado, que te conservas sob a divina árvore da vida, não te fixes tão somente nos frutos da oportunidade perdida que deixaste apodrecer, ao abandono...
 Não te encarceres no campo inferior, a contemplar tristezas, fracassos, desenganos!...
 Olha para o alto! ...
 Repara as frondes imortais, balouçando-se ao sopro da Providência Divina!
 Dá-te aos labores da ceifa e observa que, se as raízes ainda se demoram presas ao solo, os ramos viridentes, cheios de frutos substanciosos, avançam no Infinito, na direção dos Céus.

Livro: Vinha de Luz - Emmanuel - Psicografia de Chico Xavier